Utilidade
Arranquem-me o coração. Encham-no de pólvora e vidros e façam-no explodir no gabinete de um dos culpados por o fazer sangrar.
Pode ser que assim sirva para alguma coisa.
"Os maus temem as tuas garras, Os bons alegram-se com a tua graça. Algo assim gostaria de ouvir sobre o meu verso." B. Brecht
Arranquem-me o coração. Encham-no de pólvora e vidros e façam-no explodir no gabinete de um dos culpados por o fazer sangrar.
Pode ser que assim sirva para alguma coisa.
Publicada por Irene Sá à(s) 3:53 da tarde 0 comentários
Etiquetas: rasgos verbais
Sopraram-me ao ouvido, um sopro inteligível que dizia:
Nunca vais conseguir, nunca, nunca.
Pensei que não devia confiar naquele sopro desconhecido, vindo sei lá de onde.
Em todo o caso devia preparar-me e convencer-me de que não é necessário conseguir.
Não preciso de conseguir.
Basta-me ter olhos, mãos e amigos.
Mas isto é pouco, ou não?
Publicada por Irene Sá à(s) 11:30 da tarde 0 comentários
Etiquetas: rasgos verbais
E se de repente ficasse tudo branco, azul claro e cor-de-rosa?
O chão da rua branco, os carros azuis e as árvores cor-de-rosa.
Todas as cadeiras brancas e as paredes também. Todas as nossas roupas azuis.
E a comida cor-de-rosa. E a bandeira azul-clara e cor-de-rosa.
E os guindastes nas construções todos brancos.
As letras nos jornais azuis claras. Todos os objectos azuis claros também.
E os fatos dos ministros todos cor-de-rosa.
As lombadas dos livros brancas.
Os navios todos eles brancos.
O mar continuaria azul, e os lábios em diversos tons de cor-de-rosa.
A pele de toda a gente azul e os olhos cor-de-rosa.
As armas dos militares brancas e as fardas deles cor-de-rosa.
A guerra continuaria a fazer sentido?
Publicada por Irene Sá à(s) 7:13 da tarde 0 comentários
Etiquetas: rasgos verbais
Arrastem-me para fora do mundo, pode ser pelos cabelos, não me importo. Até me posso ferir, quem sabe partir um dente. Posso ficar com um hematoma na perna. Ficarei arranhada, eu sei. Mas arrastem-me para fora do mundo.
Juro que não me arrependerei. Quero mergulhar na tranquilidade. Eu sei que lá fora as luzes são fugazes, ténues e frias. Eu sei que o céu é às ondas e que por vezes essas ondas nos levam. Também sei que as nuvens são espessas e que temos de ter cuidado com as trepadeiras cheias de espinhos e artimanhas. Não se preocupem, eu conheço um caminho de escadas longas que me levam a um sítio onde poderei encostar-me a uma árvore e contemplar tudo o que vocês ficarão por cá a fazer.
Publicada por Irene Sá à(s) 7:00 da tarde 0 comentários
Etiquetas: rasgos verbais
Esta é a capa da última revista D'un Roig encès (este nome faz parte de um poema - A Miró - do catalão Raimon e significa qualquer coisa como "De um vermelho vivo"), da associação cultural Roig.
Pretendíamos passar a ideia de que é preciso ler entrelinhas em todas as páginas da vida, aprender a questionar e a observar com pormenor. Por isso a imagem contém para além do gato visível (a mascote da revista)um outro gato com uma rosa na boca (em homenagem ao dia de S. Jordi, o dia mundial do livro e dos namorados na Catalunha, um dos feriados principais)e duas frases nos bigodes: "Lê as imagens" e "Observa as palavras".
Publicada por Irene Sá à(s) 2:35 da tarde 2 comentários
Etiquetas: * Vermelhices *, rasgos visuais
Publicada por Irene Sá à(s) 2:23 da tarde 0 comentários
Etiquetas: rasgos visuais
Publicada por Irene Sá à(s) 6:28 da tarde 1 comentários
Publicada por Irene Sá à(s) 7:44 da tarde 2 comentários
Etiquetas: rasgos visuais
Esta foi a capa do número 3 da Revista da Associação Roig. A fotografia da entrada do mural do ateneu com o mesmo nome, Roig (vermelho), foi feita por um amigo fotógrafo, Óscar Martínez, e o o mural é da autoria de um artista simpático e louco, chamado Pablo Kalaka.
O tema, como espero que se depreenda, era a abertura de portas do ateneu: obrim em catalão significa abrimos.
Esta é a capa do número mais recente, o 4, e tem como tema a emancipação. A figura da marioneta advém de uma entrevista a um marionetista (opá... não sei como é que isto se diz em português)publicada na revista.
Esta foi uma das propostas apresentadas e que foi preterida em favor da anterior.
Para conhecer mais sobre a Roig, clicar aqui.
Publicada por Irene Sá à(s) 7:18 da tarde 0 comentários
Etiquetas: barcelonices, rasgos visuais