domingo, março 21, 2010

Cuba em África

Um dos melhores documentários que já vi. Vale a pena, não só pela forma como está construído como por abordar um tema esquecido

cubainformacion.tv

terça-feira, março 16, 2010

A vida do caracol

E aqui vai mais uma!
Esta é a resposta a um exercício de ilustração de uma sequência temporal numa página dupla.
Tentei apresentar não uma mas três sequências - a vida, o dia e o ano.
Fiz um bocado de batota, confesso: os flocos de gelo não foram inteiramente desenhados por mim, assim como as flores e as árvores. Mas a distribuição de todos os elementos, incluindo as folhas das árvores, isso sim, são da minha lavra.
Ah! E não me venham com a conversa de que o caracol pequeno não é filho do grande por ser amarelo, de que os caracóis são hermafroditas, que não são cor-de-rosa e tal e coisa...

(clicar na imagem para ver em grande)

segunda-feira, março 15, 2010

Un mundo de amigos

E isto agora é sempre a bombar! aqui vai mais uma.

Exercício realizado para o seminário de ilustração para crianças que ainda não sabem ler. O objectivo consistia em explorar o estudo de personagens realizando um livro tipo cadavre-exquis, em que dois conjuntos distintos de páginas são encadernados juntos e permitem conjugações de páginas diferentes entre eles.

quinta-feira, março 11, 2010

El árbol de los pájaros

Conto realizado para o seminário de ilustração para não leitores (crianças até aos 3, 4 e 5 anos). O trabalho consistia na criação de personagens a partir das formas geométricas elementares.

Actualização dos Relatos de Barcelona

55) Em Barcelona vendem-se mais cuecas do Barça que em Lisboa cuecas do Benfica, do Sporting e Belenenses juntos;
56) Em catalão cuecas diz-se calças (calces). Assim, um catalão sem calças é mais indecente que um português no mesmo estado;
57) Aqui os vendedores de guarda-chuvas não gritam "olh'ó automático p'á chuva!";
58) O que mais me emociona aqui é ouvir os músicos no metro tocarem Victor Jara e Carlos Puebla; 59) Passados 2 meses finalmente percebi alguns sons que escutava no metro: hanlház = enllaç = enlace;
60) Fui a outra manifestação, muito participada, quase silenciosa (há que exportar palavras de ordem) e rapidamente dispersada (aqui não há um Carvalho da Silva que fale durante 3 horas);
61) Festejar em catalão significa cortejar, portanto se disserem a um catalão que festejaram com muita gente, ele pensará: "ganda maluco!";
62) Ainda no mesmo tema: os catalães são tão produtivos que não dão beijos, fazem-nos;
63) Apesar da baixíssima probabilidade de acontecer, nas últimas 4 segundas feiras, à mesma hora e quase no mesmo local, pedem-me indicações;
64) Os catalães têm uma certa tendência para a piromania - um grande número de festejos tradicionais implica brincadeiras com o fogo;
65) Ao fim de 2 meses em Barcelona, e de muitos atrasos, finalmente acertei a hora do computador;
66) Quando os condutores dos autocarros nos reconhecem e cumprimentam é sinal de que já estamos integrados?
67) Conheci uma versão espanhola da Luísa Branquinho;
68) Sobrevivi ao apocalipse de Barcelona - dia 8 isto parecia um filme norte-americano sobre o fim do mundo;
69) Caminhar 5 km como um pinguim sobre gelo e neve provoca dores no cú;
70) Roubaram-me descaradamente um guarda-chuva;
71) Ainda os roubos - a música que acompanha os avisos sonoros no metro para termos cuidado com os carteiristas é fantástica.

domingo, março 07, 2010

Falta de Certezas ≠ Dúvidas

Há alguns dias atrás dei-me conta que, com o passar dos anos vou tendo cada vez menos certezas mas que isso não significa que tenha cada vez mais dúvidas. E também não significa que tenha deixado de reflectir sobre as coisas. É apenas um depurar do pensamento: as certezas que tenho tornam-se cada vez mais estruturais e as ideias passam por uma espécie de teste prévio antes de serem assimiladas. Isto parece muito esquemático mas é a melhor forma que encontrei para explicar o que julgo ser, sem modéstia nem vaidade, o amadurecer.

Nisto, dei-me também conta que essa forma de assimilar as coisas passou para o meu discurso - hoje falo com muito mais pontos de interrogação, escuto mais e respondo directamente às questões, digo mais vezes que as opiniões que tenho são apenas opiniões.

Até que hoje vi este video e, para além de ficar fascinada com a relação tipografia/texto - Signo/significante, detive-me na mensagem para me aperceber que talvez a minha falta de certezas seja interpretada como, diz o poema do video, um convite a que os outros pensem como eu, tenham as mesmas supostas incertezas.

... E o que dizer do ponto de interrogação nesta frase e da palavra talvez na anterior?

Typography from Ronnie Bruce on Vimeo.