quinta-feira, abril 24, 2008

Viure (viver) - Obrint Pas

Era preciso um grupo catalão para que em 2007 se fizesse uma música sobre o 25 de Abril (bem sei que é um outro, mais remoto, de 1707. Mas a assenta que nem uma luva no nosso 25 - até melhor do que no deles)


Ara que estic trist

Agora que estou triste
intente recordar

tento recordar
per les carreteres

pelas ruas
de la meua soledat

da minha solidão
I em torna aquella olor

E vem-me aquele odor
de pólvora cremant

de pólvora queimada
i el roig de les fogueres

E o vermelho das fogueiras
de les nits de Sant Joan!

das noites de São João
La festa als carrers

A festa nas ruas
la pluja d´estels

A chuva de estrelas
el 25 d´abril

O 25 de Abril
amb un nus als sentiments

e um nó nos sentimentos
L´esperança als ulls

A esperança nos olhos
les banderes al vent

As bandeiras ao vento
i les ganes de viure

E a vontade de viver
de la meua gent

da minha gente

Lluitar, crear

Lutar, criar
construir poder popular!

Construir o poder popular!

Ara que he tornat

Agora que voltei
refaig els caminars

refaço os caminhos
pels carrers i les places

pelas ruas e pelas praças
del lloc on em vaig criar

do lugar onde nasci
I em torna a despertar

E volta a despertar
aquell vell campanar

Aquele velho sino
i el soroll de les traques

e o ruído das salvas
muixerangues i gegants

Muixerangues* e gigantes
Les velles cançons

As velhas canções
les noves emocions

As novas emoções
els 25 d´abril

Os 25 de Abril
construint les il·lusions!

Construindo as ilusões
La vida dins dels punys

A vida nos punhos
la lluita dins la pell

A luta na pele
i les ganes de viure

E a vontade de viver
de la meua gent

Da minha gente

Lluitar, crear

Lutar, criar
construir poder popular!

Construir o poder popular!




terça-feira, abril 22, 2008

Desabafo político-sindical

Este professores que votaram no PS, chatearam-se com o Governo, fizeram um movimento dos professores arrependidos, foram à manifestação, não obtiveram a vitória ao virar da esquina, desesperaram, quando surge um entendimento táctico revoltam-se contra os sindicatos, baixam os braços, culpam o PCP e quando chega Fevereiro votam PSD, irritam-me.

sexta-feira, abril 18, 2008

2 eventos, 7 links e 1 etiqueta

Askatasuna = Liberdade
Solidariedade com o País Basco também assinalada no 25 de Abril


E na véspera:
comemorar a chegada da mais bela das madrugadas com os camaradas de sempre

Atenção ao 6 links adicionados na coluna ao lado:
- correcção ao blog da crew-L;
- Dalaiama - já viram por aí o capitalista de cartola
que persegue pássaros e vomita euros?;
- ASEH - Associação de Solidariedade com Euskal Herria (já faltava aqui há muito tempo);
- O Quotidiano da Miséria - mais um blog vermelho (escrito a norte);
- Rádio Moscovo - A emitir desde o início de Abril
- Novo blog de Fotos da Marta;
- Fotos do Raul Lourenço.

E agora juntei às etiquetas, uma outra que também já Faltava:
BASKARIA

segunda-feira, abril 14, 2008

problemas informáticos e a educação pública


Nas últimas semanas a minha paciência, destreza e conhecimentos do mundo informático tem sido postos à prova.
Num piscar de olhos entraram-me pelo computador a dentro nove vírus.
Os malditos banquetearam-se com meu dispositivo de som e transformaram-me numa surda cibernética. Vi-me profundamente limitada e resolvi dar luta.
Fui obrigada a formatar o disco e foi como se me tivessem feito uma lobotomia.
Para além de ter de correr meio mundo à procura dos programas que tinha instalados descobri que a drive dos cds deve ter servido de pista de dança para o festim dos quatrocentos e tal problemas detectados e que, misteriosamente, a placa de rede do computador despareceu (ou está muito bem escondinha dentro do paralelepípedo de 32 x 26 x 2 cm).
Neste preciso momento estou a realizar uma acrobacia fantástica: estou na escola a tentar passar os programas que estão nos cds para a pendrive num computador. Depois vou tentar instalá-los na minha desgraçada máquina. Tudo isto tentando escapar à vigilância do senhor delegado do ministério que ciranda pelos corredores desta escola. Não que esteja a fazer nada de ilegal ou perigoso, mas nos dias que correm se estas criaturas vislumbram uma professora a postar um cartaz como este que aqui mostro com os recursos da escola é bem capaz de levar um processo disciplinar. Felizmente o senhor está distraído a ver a página do jornal A Bola.
No entretanto, e porque não sei quando voltarei a ter uma oportunidade de me ligar ao mundo como rapariga vermelha, deixo este cartaz do Ricardo Levins Morales sobre a defesa da educação pública.

terça-feira, abril 08, 2008

Pássaros, superstições e contradições

Vi um pássaro morto

Na beira da estrada

E ao vê-lo, Espetou-se-me

uma faca no peito


Naquele sítio,

Naquele momento, confesso,

perdi a esperança.


Contive-me.

Era um disparate.


Mas não mais parei de pensar:

Não basta ao pássaro ser pássaro e ser livre,

É preciso que esteja vivo.


Mas não mais parei de pensar:

Se renovas a esperança quando o ouves cantar,

Porque não perdê-la quando morre?


Contive-me.

Era um disparate.


Lá diz a canção:

Por morrer uma andorinha não acaba a Primavera.


segunda-feira, abril 07, 2008

sexta-feira, abril 04, 2008

A REVOLUÇÃO RUSSA E O SÉCULO SOVIÉTICO

clicar na imagem para ampliar

Pedro Jorge: A liberdade defende-se exercendo-a!

Pedro Jorge, Electricista e dirigente sindical, interveio no Programa Prós e Contras de 28/1/2008. Motivo invocado esta semana pelo patronato para lhe mover um processo disciplinar para despedimento: dizer a verdade em público! No vídeo anexo reproduzimos as 4 intervenções de Pedro Jorge no programa. São um libelo à liberdade que nos têm destinada as classes dominantes: a liberdade dos escravos. Por Abril, a luta continua! As liberdades defendem-se exercendo-as!
em www.dorl.pcp.pt

quinta-feira, abril 03, 2008

uma vida, uma quê?!

Hoje recebi por mail um manifesto sobre uma frase, cínica ao mais alto grau, que aparece na página de abertura do site da Direcção Geral dos Recursos Humanos da Educação (agora que se aproximam os concursos para professores) , e que aqui transcrevo integralmente:

"Uma vida, uma carreira"

- Nós, eternos contratados/desempregados com 6,10, 20 e mais anos de serviço, recebendo menos de metade dos efectivos, apanhando as escolas, os horários e as turmas que mais ninguém quer e gastando muitas vezes a vida olhando a carreira por um canudo

- Nós, com uma vida de sacrifícios infra-humanos, ao serviço de um Estado-patrão que exige para os privados o que não cumpre na própria casa - 3 anos de serviço + 3 = efectivação em lugar de quadro (Dec-Lei 99/2003)

- Nós, pelo amor à profissão docente e aos alunos, abdicando de direitos constitucionais tão elementares como o direito à família e casa própria

- Nós, que nos sujeitamos até 26 de Abril de 2000 (data da saída do DL 67/2000) a cada 31 de Agosto ser atirados pelo patrão (ME) para um desemprego involuntário tão ignóbil como totalmente desprotegido

- Nós que até há escassos anos, perdíamos a ADSE logo após o termo do contrato,e se caíssemos doentes, nem apoio na doença nem subsídio de desemprego...

Nós não sabemos qual o significado dessa frase.... e só entendemos a sua introdução no site da DGRHE como uma brincadeira de mau gosto. De muito mau gosto, mesmo. Um provocação de um cinismo ao mais alto grau, feita a várias gerações de colegas eventuais, provisórios e contratados, que não estamos de todo dispostos a tolerar!


quarta-feira, abril 02, 2008

Os 5 anos da ocupação do Iraque e outras datas não redondas

Places the U.S. Has Bombed Since WWII
Josh MacPhee