segunda-feira, abril 14, 2008

problemas informáticos e a educação pública


Nas últimas semanas a minha paciência, destreza e conhecimentos do mundo informático tem sido postos à prova.
Num piscar de olhos entraram-me pelo computador a dentro nove vírus.
Os malditos banquetearam-se com meu dispositivo de som e transformaram-me numa surda cibernética. Vi-me profundamente limitada e resolvi dar luta.
Fui obrigada a formatar o disco e foi como se me tivessem feito uma lobotomia.
Para além de ter de correr meio mundo à procura dos programas que tinha instalados descobri que a drive dos cds deve ter servido de pista de dança para o festim dos quatrocentos e tal problemas detectados e que, misteriosamente, a placa de rede do computador despareceu (ou está muito bem escondinha dentro do paralelepípedo de 32 x 26 x 2 cm).
Neste preciso momento estou a realizar uma acrobacia fantástica: estou na escola a tentar passar os programas que estão nos cds para a pendrive num computador. Depois vou tentar instalá-los na minha desgraçada máquina. Tudo isto tentando escapar à vigilância do senhor delegado do ministério que ciranda pelos corredores desta escola. Não que esteja a fazer nada de ilegal ou perigoso, mas nos dias que correm se estas criaturas vislumbram uma professora a postar um cartaz como este que aqui mostro com os recursos da escola é bem capaz de levar um processo disciplinar. Felizmente o senhor está distraído a ver a página do jornal A Bola.
No entretanto, e porque não sei quando voltarei a ter uma oportunidade de me ligar ao mundo como rapariga vermelha, deixo este cartaz do Ricardo Levins Morales sobre a defesa da educação pública.

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