A evolução do roubo
Quando iniciaram a privatização da galp diziam que esse era o modo dos portugueses se apossarem da empresa. Diziam que assim é que seria verdadeiramente pública porque as pessoas podiam comprar acções e obter desse modo um bocadinho da empresa.
Os 7 membros da comissão executiva da GalpEnergia recebem individualmente e por dia 1314 euros, o que lhes dá para comprar 81 das suas acções ou 995 litros de gasolina.
Acredito que se todos tivéssemos esses rendimentos e pudéssemos comprar acções da galp a empresa seria pública.
Mas a verdade é que à conta destes senhores receberem tanto é que nós recebemos tão pouco.
A verdade é que o joguinho da bolsa é a materialização mais eficaz da expressão "brincar com a vida dos outros".
E se cada português fosse executivo da galp por um dia? Em menos de 4 anos todos teriam a sua quota da empresa - as suas 81 acções...
Nãaaaaa... ainda assim o povo português ficaria apenas com menos de 10% da galp.
Caraças! é precisa muita alienação para se ter deixado passar a negociata da privatização.
Melhor seria então juntarmos o dinheirinho todo (13140000000 euros) para mandarmos todo o governo e a administração da galp para o espaço, pagar o combustível e ainda nos sobrava uma boa maquia. Que tal?
2 comentários:
Lembro bem a propaganda falaciosa na altura das privatizações.
Também foi assim com outras empresas estatais essenciais para o funcionamento da democracia (partindo do princípio de que sem democracia social não há democracia política). Dizia-se «agora sim a EDP (ou a Galp, ou etc) vai pertencer a todos os portugueses». Apetece perguntar a quem pertencem as coisas quando se diz que são do Estado, então não são de todos?
No capitalismo festivo é assim: privatiza-se o lucro, estatiza-se e colectiviza-se o prejuízo.
por mim,ontem já era tarde.
Quinta feira, vamos dar um empurrãozinho, ou mais!
Enviar um comentário