2 capas de uma revista
A Associação Cultural Roig, sediada aqui no bairro de Gràcia, pediu-me para fazer a capa dos primeiros dois números da sua revista - D'un roig encès. E eu... fiz
"Os maus temem as tuas garras, Os bons alegram-se com a tua graça. Algo assim gostaria de ouvir sobre o meu verso." B. Brecht
A Associação Cultural Roig, sediada aqui no bairro de Gràcia, pediu-me para fazer a capa dos primeiros dois números da sua revista - D'un roig encès. E eu... fiz
Publicada por Irene Sá à(s) 6:59 da tarde 8 comentários
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Publicada por Irene Sá à(s) 6:55 da tarde 0 comentários
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E como não há duas sem três...
Aqui estão algumas das últimas ilustrações que fiz.
São 6 desenhos que constarão na Agenda de la Dona - 2011, uma publicação que é fruto da iniciativa de um grupo informal de mulheres progressistas catalãs. Todos os anos publicam a agenda, sob um determinado tema, e destinam as receitas obtidas com a sua venda a uma organização de mulheres.
Este ano o tema é a guerra civil. Participei com muito orgulho neste projecto e calhou-me ilustrar o mês de Novembro a partir de um determinado livro - "Luna Lunera" de Rosa Regas
Publicada por Irene Sá à(s) 6:14 da tarde 3 comentários
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Na continuação do post anterior, dou também a conhecer um outro conjunto de esboços, aguarelas, desenhinhos feitos a caneta e a lápis.
A este chamei de "Manos, palomas, espirales y arabescos" porque é disso mesmo que se trata.
Ficaram alguns de fora que oportunamente publicarei aqui o no issuu
Publicada por Irene Sá à(s) 6:07 da tarde 0 comentários
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MAIS desenhos feitos nas margens e outras partes dos cadernos durante reuniões importantes (umas mais que outras). 2003-2010
Este albúm foi feito na continuação de um outro, anteriormente publicado - À Margem
Publicada por Irene Sá à(s) 5:46 da tarde 0 comentários
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Depois de muitas promessas, experiências, tentativas e outros surtos que tais, eis que surge no panorama cibernético algo nunca visto e imaginado...
Tcharam!
a minha página de portfolio: irenesa.net
Visitem-na e digam-me por mail e por aqui o que acharam.
Ah! A galeria contém ligação para os documentos do issuu (a maior parte já publicados aqui)
Publicada por Irene Sá à(s) 10:44 da tarde 2 comentários
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Fichas escolares variadas (para diferentes idades e conteúdos) realizadas no seminário de ilustração de livros escolares.
Publicada por Irene Sá à(s) 10:29 da tarde 0 comentários
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Exercício de Ilustração, desta vez não infantil.
Tive um grande prazer em desenvolver algumas das ilustrações.
O resultado final poderia ter sido melhor. Mas creio que, neste trabalho também, estou no bom caminho. ...Modéstia à parte.
Publicada por Irene Sá à(s) 10:23 da tarde 0 comentários
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Dedicado à Matilde e à Carlota.
Trata-se do exercício de Albúm Infantil.
Infelizmente não me foi possível dedicar a este trabalho tanto como gostaria.
... Talvez o venha a desenvolver um dia.
Publicada por Irene Sá à(s) 10:17 da manhã 0 comentários
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Novamente com algum atraso, eis a maquete do exercício de ilustração de Livro de Colecção.
Foram-nos pedidas 3ou 4 ilustrações finalizadas e o resto em esboço.
Publicada por Irene Sá à(s) 10:10 da tarde 0 comentários
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Publicada por Irene Sá à(s) 9:46 da tarde 0 comentários
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Se uma crise incomoda muita gente,
Uma crise só para alguns incomoda muito mais.
Se uma crise só para alguns incomoda muita gente,
Que paguem sempre os mesmos incomoda muito mais.
Se serem sempre os mesmos a pagar incomoda muita gente,
Que os capitalistas ganhem com isso incomoda muito mais.
Mas se muita gente disser basta,
Acaba-se já esta brincadeira.
Publicada por Irene Sá à(s) 11:35 da manhã 2 comentários
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Desta vez tinha que ilustrar a capa de uma revista sob o tema da Primavera.
Apresentei uma primeira proposta que o professor disse que não era uma boa ideia para uma capa de revista porque "contava" demasiadas histórias ao mesmo tempo e que todas pareciam ter a mesma importância.
Resolvi então apresentar cada uma das ditas histórias em separado e assim mostrar 3 propostas de capa para além da inicial:
O original
a segunda proposta
a terceira...
e a quarta!
Publicada por Irene Sá à(s) 10:12 da tarde 1 comentários
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Eis a última grande obra:
álbum criado no âmbito do seminário de Ilustração para publicações infantis - crianças que ainda não sabem ler. Fi-lo baseado numa canção basca. O álbum contém também um pássaro de papel em origami no qual desenvolvi o desenho do personagem alado da história.
Publicada por Irene Sá à(s) 3:32 da tarde 1 comentários
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Um dos melhores documentários que já vi. Vale a pena, não só pela forma como está construído como por abordar um tema esquecido
Publicada por Irene Sá à(s) 11:29 da tarde 2 comentários
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E aqui vai mais uma!
Esta é a resposta a um exercício de ilustração de uma sequência temporal numa página dupla.
Tentei apresentar não uma mas três sequências - a vida, o dia e o ano.
Fiz um bocado de batota, confesso: os flocos de gelo não foram inteiramente desenhados por mim, assim como as flores e as árvores. Mas a distribuição de todos os elementos, incluindo as folhas das árvores, isso sim, são da minha lavra.
Ah! E não me venham com a conversa de que o caracol pequeno não é filho do grande por ser amarelo, de que os caracóis são hermafroditas, que não são cor-de-rosa e tal e coisa...
(clicar na imagem para ver em grande)
Publicada por Irene Sá à(s) 4:52 da tarde 6 comentários
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E isto agora é sempre a bombar! aqui vai mais uma.
Exercício realizado para o seminário de ilustração para crianças que ainda não sabem ler. O objectivo consistia em explorar o estudo de personagens realizando um livro tipo cadavre-exquis, em que dois conjuntos distintos de páginas são encadernados juntos e permitem conjugações de páginas diferentes entre eles.
Publicada por Irene Sá à(s) 3:20 da tarde 0 comentários
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Conto realizado para o seminário de ilustração para não leitores (crianças até aos 3, 4 e 5 anos). O trabalho consistia na criação de personagens a partir das formas geométricas elementares.
Publicada por Irene Sá à(s) 7:57 da tarde 1 comentários
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55) Em Barcelona vendem-se mais cuecas do Barça que em Lisboa cuecas do Benfica, do Sporting e Belenenses juntos;
56) Em catalão cuecas diz-se calças (calces). Assim, um catalão sem calças é mais indecente que um português no mesmo estado;
57) Aqui os vendedores de guarda-chuvas não gritam "olh'ó automático p'á chuva!";
58) O que mais me emociona aqui é ouvir os músicos no metro tocarem Victor Jara e Carlos Puebla; 59) Passados 2 meses finalmente percebi alguns sons que escutava no metro: hanlház = enllaç = enlace;
60) Fui a outra manifestação, muito participada, quase silenciosa (há que exportar palavras de ordem) e rapidamente dispersada (aqui não há um Carvalho da Silva que fale durante 3 horas);
61) Festejar em catalão significa cortejar, portanto se disserem a um catalão que festejaram com muita gente, ele pensará: "ganda maluco!";
62) Ainda no mesmo tema: os catalães são tão produtivos que não dão beijos, fazem-nos;
63) Apesar da baixíssima probabilidade de acontecer, nas últimas 4 segundas feiras, à mesma hora e quase no mesmo local, pedem-me indicações;
64) Os catalães têm uma certa tendência para a piromania - um grande número de festejos tradicionais implica brincadeiras com o fogo;
65) Ao fim de 2 meses em Barcelona, e de muitos atrasos, finalmente acertei a hora do computador;
66) Quando os condutores dos autocarros nos reconhecem e cumprimentam é sinal de que já estamos integrados?
67) Conheci uma versão espanhola da Luísa Branquinho;
68) Sobrevivi ao apocalipse de Barcelona - dia 8 isto parecia um filme norte-americano sobre o fim do mundo;
69) Caminhar 5 km como um pinguim sobre gelo e neve provoca dores no cú;
70) Roubaram-me descaradamente um guarda-chuva;
71) Ainda os roubos - a música que acompanha os avisos sonoros no metro para termos cuidado com os carteiristas é fantástica.
Publicada por Irene Sá à(s) 1:29 da tarde 0 comentários
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Há alguns dias atrás dei-me conta que, com o passar dos anos vou tendo cada vez menos certezas mas que isso não significa que tenha cada vez mais dúvidas. E também não significa que tenha deixado de reflectir sobre as coisas. É apenas um depurar do pensamento: as certezas que tenho tornam-se cada vez mais estruturais e as ideias passam por uma espécie de teste prévio antes de serem assimiladas. Isto parece muito esquemático mas é a melhor forma que encontrei para explicar o que julgo ser, sem modéstia nem vaidade, o amadurecer.
Nisto, dei-me também conta que essa forma de assimilar as coisas passou para o meu discurso - hoje falo com muito mais pontos de interrogação, escuto mais e respondo directamente às questões, digo mais vezes que as opiniões que tenho são apenas opiniões.
Até que hoje vi este video e, para além de ficar fascinada com a relação tipografia/texto - Signo/significante, detive-me na mensagem para me aperceber que talvez a minha falta de certezas seja interpretada como, diz o poema do video, um convite a que os outros pensem como eu, tenham as mesmas supostas incertezas.
... E o que dizer do ponto de interrogação nesta frase e da palavra talvez na anterior?
Typography from Ronnie Bruce on Vimeo.
Publicada por Irene Sá à(s) 11:55 da manhã 2 comentários
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39) Mudei-me da Brandoa para uma espécie de mistura do Bairro Alto com Algés;
40) Parece que as pessoas aqui começam a dar-se conta do meu feitio soviético;
41) Ah! E dizem que canto bem! (os catalães têm muito bom ouvido);
42) Socorro! Já dou comigo a pensar em castelhano;
43) O purgatório existe e fica numa estação de metro de Barcelona (Passeig de Gràcia);
44) Ontem fiquei a saber que por viver com um cão constituo uma matilha;
45) Comecei a ser elevada à categoria de pica-miolos optimista-leninista,
46) Lavatório e Lava-loiças diz-se Pica em catalão! ...E depois riem-se muito com o apelido do camarada Luís Carapinha;
47) Se perguntarem com pronúncia alentejana "Quantas cadeiras há?" e responderem em pronúncia açoriana "Há cinco cadeiras" estarão a falar um perfeito catalão;
48) Conheci uma pessoa que foi refugiada política no seu próprio país;
49) O cão da casa não gosta de gente do PCF;
50) O frio,os copos e a ausência de uma secretária não me deixam trabalhar;
51) Apesar das adversidades enunciadas no item 50, esbocei 28 ilustrações para um conto muito hippie sobre libelinhas;
52) O carnaval aqui não parece brasileiro;
53) Há um mês e uma semana que não vejo televisão;
54) Pela primeira vez na vida consegui ver mais de 5 minutos de um filme dobrado em castelhano.
Publicada por Irene Sá à(s) 1:57 da manhã 0 comentários
Etiquetas: barcelonices, rasgos verbais
Várias entidades e organizações, entre as quais o Relator da Comissão da ONU contra a Tortura e a Amnistia Internacional, têm denunciado, ao longo dos anos, as sucessivas denúncias de tortura por parte de presos políticos bascos. Simulação de afogamento, asfixia através de saco, choques eléctricos nos genitais, tortura do sono e espancamentos são alguns dos métodos utilizados. Entre os milhares de casos destacamos alguns. Em 2001, Unai Romano saía com a cara irreconhecível de um interrogatório policial. Em 2004, foi publicado o relato chocante de Amaia Urizar, que num interrogatório viu o seu corpo ser violado com uma pistola. Em 2008, após ser detido, Igor Portu dava entrada no Hospital de Donostia com uma perfuração num pulmão.
Um Estado que tortura, proíbe partidos políticos e manifestações, fecha jornais e rádios e ilegaliza organizações juvenis e populares e que mantém os seus detidos durante mais de uma semana sem qualquer acesso a advogados, familiares ou cuidados médicos não pode ser considerado um Estado de Direito.
Publicada por Irene Sá à(s) 11:37 da manhã 0 comentários
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Um amigo envio-me uma música. Não o mesmo do Lugar Adequado, e sim, é verdade que os meus amigos são gente dedicada à partilha de gostos musicais... e eu também.
Como estamos em plena Semana Internacional de Solidariedade com Euskal Herria partilho aqui essa canção.
ha llegado una carta a la carcel
una poesia que da alegria y calor
pregonando noticias del exterior
pregonando que una vida comenzó
el preso va loco buscando la carta
la carta le dice que ya es papa
y lloran los ojos, le llora el corazon
aprieta la carta con todo su amor
haizea haizea se llamará
askatasunaren haizea (vento de liberdade)
haizea haizea se llamará
quando el hijo sea mayor
el padre preso le contara
como un dia expoliaron su tierra
los "carceleros de la paz"
como un dia hasta le proibieron
los sueños, la idea y el amor
como un dia encierraron su vida
por amar la libertad
haizea haizea se llamará
askatasunaren haizea (vento de liberdade)
haizea haizea se llamará
Publicada por Irene Sá à(s) 2:29 da tarde 3 comentários
conto realizado para o seminário de escrita. Feito em 5 minutos - é favor desculpar as incongruências
“Nada humano me es ajeno” K. Marx
El orgullo queria ser lider en el país de los Sentimientos. Decia que era lo que estaba mejor preparado para dominar. Era altivo y podia garantizar suceso para todos. Envitó la vanidad para ser vicepresidenta.
Casi todos los sentimientos tenian sus opiniones. El entusiasmo apoyaba sin reservas. A algunos les daba igual; como a la indiferencia, por exemplo. En general no habia nada que decir sobre el, parecia un sentimiento positivo. La desconfianza y la vigilancia eran los que tenian más dudas, pero también no sabían como explicar porque no deberia el orgullo ser jefe.
Los resultados electorales no trajeron sorprisas: el orgullo venció, ultrapasando la alegria (que solo aparecia algunas veces y fué boicoteada por la desolación) y ganando al amor (que casi no hizo campaña electoral porque era un sentimiento desinteresado del poder).
La vigilancia, la inquietud y otros sentimientos seguieron diciendo que la lideranza del orgullo representaba un peligro.
Y estaban ciertos. Pasado algún tiempo el orgullo invitó la arrogancia para jefe das fuerzas armadas y instauraran una dictadura.
Fué organizada la resistencia bajo el comando de la coraje y de la vigilancia.
Después de muchas batallas en que guerrilleros como la modestia, la verguenza y la humillación se destacaron, el movimiento de liberación de los sentimientos triunfó.
Fueron realizadas muchas asambleas que tuvieron como fruto una constituición que instituía una amplia democracia y la participación de todos los sentimientos en la gobernación del país de los Sentimientos.
Publicada por Irene Sá à(s) 8:42 da tarde 1 comentários
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Para quem ainda não viu.
Publicada por Irene Sá à(s) 2:21 da tarde 0 comentários
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25) Estive à chuva a ver as esculturas do Rodin - O pensador parecia que chorava;
26) Ainda não tenho almofada;
27) Estou a aprender catalão com 3 hondurenhos, 3 argentinos, 2 peruanos, 1 sueca, 1 marroquina, 1 andaluz, 2 galegas, 2 madrilenos e 1 catalã regressada à pátria;
28) Depois de muito... explicar numa papelaria que queria comprar cola descobri que em castelhano cola diz-se... cola!
29) Já tenho almofada! (descobri-a no fundo de um armazém chinês. Custou-me 2 euros);
30) Descobri que há milhares de crianças a andar nos autocarros;
31) Conheci o bar da Elsa e os melhores mojitos de Barcelona (estou perdida!);
32) Há obras de arte aqui que parecem obras e obras que parecem obras de arte;
33) Também há muitas crianças no metro;
34) Passei o fim-de-semana no congresso do PCC - nunca fui tão apaparicada na minha vida;
35) Continuo a achar que a palavra mais gira do catalão é lletrejar (soa como lhatrejar e significa soletrar);
36) Conheci uma paraguaia comunista;
37) Ontem tive um momento de epifania;
38) Hoje caiu-me um anjo italiano no colo - uma espécie de Brad Pitt convidou-me para tomar café. Ainda estou encadeada pelas luzes;
39) O meu professor de catalão diz que só num mundo perfeito se conseguem distinguir foneticamente os bês dos vês - ViVa o português! Bisca Catalunya!
Publicada por Irene Sá à(s) 7:52 da tarde 1 comentários
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Ainda numa onda de Nanni Moretti
Publicada por Irene Sá à(s) 10:52 da tarde 0 comentários
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Publicada por Irene Sá à(s) 10:31 da tarde 5 comentários
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Confesso! Não me apetece escrever um conto sobre um gigante e um anão que são muito amigos e depois se perdem um do outro.
Queria antes ver o filme do Nanni Moretti (viver em Barcelona lembra-me constantemente os filmes dele - hei-de escrever sobre isto!), aquele musical sobre o pasteleriro trotskista na Itália dos anos cinquenta.
Publicada por Irene Sá à(s) 9:28 da tarde 0 comentários
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Ando fascinada com esta música. Mostrou-me um amigo que, por sua vez, a descobriu num blog de um espanhol a viver na Roménia.
Começa com uma canção dos pioneiros romenos sobre o "Ano 2000" e depois desenvolve sobre como, volvidos mais de 20 anos de capitalismo, as pessoas sentem-se enganadas e desmobilizadas.
Deixo a letra em castelhano.
UN LUGAR ADECUADO
Intro:
Somos niños pero no lo seremos siempre
Plenos de sorpresas, plenos de amor
Miramos hacia el futuro
Sabemos que nos vais a mostrar el camino
incontables flores y palacios
para que tengamos mañana oro y pan
Vosotros sois nuestros heroes
pero un dia lo seremos nosotros.
Estrofa 1:
Tambien se que ha pasado mucho tiempo
y que pasara mucho mas
presiento que todavia en diez años estare
con los mentirosos y con los que huyen
dejalo asi, el rumano esta hecho para ahogar
su amargura con sangre fria
Cuando encuentra un problema lo deja pasar
con una cerveza fria
Dime por que robas, cuanto tiempo quieres
seguir robando
No ves que somos muchas bocas y todos sabemos
que significa aguantar
Pero cuantas caidas aguantar, cuanto te alegras,
cuanto insultas
Tienes ganas de muchas cosas pero sabes que
nunca tendras suficiente
estribillo:
Pere no pasa nada, soy resignado desde niño
Tu eres consciente de lo que digo
No hemos nacido en el lugar adecuado
No, no, no hemos nacido en el lugar adecuado
No hemos recibido nada, hemos hecho todo
desde cero
Pere no pasa nada, soy resignado desde niño
Tu eres consciente de lo que digo
No hemos nacido en el lugar adecuado
No, no, no hemos nacido en el lugar adecuado
No hemos recibido nada, hemos hecho todo desde cero
Estrofa 2:
Los mios son igual de seguros como los tuyos
Hemos crecido con cardenales
Me han enseñado como no tomar caminos equivocados
Me han explicado que el mundo es malo y la vida dificil
Y tengo que hacer algo
Me han dicho que en algun momento moriran
Y que tengo que estar alerta y tengo que luchar
Que el tiempo se pasa como un disparo
Me llevan de lugar en lugar
Me cambian segun la suerte
Me hacen correr solo para un voto
El mundo siente, quiere hechos y no palabras
Que un hombre normal sea presidente
Pero, pero, pero
Estribillo
Publicada por Irene Sá à(s) 7:55 da tarde 0 comentários
Publicada por Irene Sá à(s) 10:16 da tarde 1 comentários
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Este era o texto que tinha de ilustrar:
Amo a Eustace a pesar de que me lleva cuarenta años, es totalmente mudo y no tiene ningún diente. Me da igual que Eustace esté completamente calvo- excepto los pelos esos que se le ven entre los dedos de los pies-, que cuando ande se le note la joroba y a veces se caiga en medio de la acera. Si cree que tiene que emitir uno de esos cortos sonidos agudos suyos como silbando, o si se le da por mordisquear con su boca sin dientes en el sofá o irse a dormir al jardín, yo lo acepto todo como cosas bastante normales. Porque le amo. A Eustace le amo porque es el único hombre del mundo al que no le importa que yo tenga tres piernas.
“Eustace”. Tanith Lee.
Depois de muito magicar sobre o assunto, cheguei à conclusão que o Eustace e a/o Três Pernas eram um só.
Quis fazer uma ilustração em que se conseguisse ver os dois personagens distintamente mas que ao mesmo tempo nos pudéssemos aperceber que era um só. A coisa não ficou muito conseguida. Saiu-me isto:
Publicada por Irene Sá à(s) 11:40 da tarde 0 comentários
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Foi um daqueles dias em que todas as emoções nos invadem. Maioritariamente as piores. Um dia como os do velho dito: “há dias de manhã em que um tipo à tarde não devia sair à noite”.
Comecei o dia cheia de expectativas – desde que cheguei a Barcelona que quero aprender catalão. Mas as magras economias não me dão para pagar um curso. Vi no site da UAB (Universidade Autónoma de Barcelona) que há cursos gratuitos para os alunos. A minha escola, Eina, apesar de privada, está vinculada à UAB. Tudo e todos indicavam que como aluna teria os mesmos direitos que os restantes alunos da universidade. Lá fui eu, toda lampeira, até à dita cuja universidade.
Bem, não tão lampeira quanto isso… que não paguei o bilhete do comboio e ia borradinha de medo.
Chego à universidade e procuro o acolhimento a estudantes estrangeiros. Sou depois encaminhada ao serviço de línguas. Dizem-me que tenho de passar duas faculdades e tal e coisa. Lá me vi eu a andar num lamaçal e a fazer gincanas. Chego ao sítio e subo as escadas. Dão-me a notícia: “Eina no es UAB. Tines que pagar 527 euros. Los cursos gratuitos son para los estudiantes de la UAB”. “Hijos de puta!” e o resto saiu-me para dentro e em português: “vão mas é roubar p’á estrada!”. Ainda consegui perguntar: “Entonces… que es la vinculación de Eina a UAB?”, “Los estudiantes de Eina no tenien los mismos derechos?”. “Pues, no lo sé. Esto es lo que me han dicho, lo siento”. “Lo siento?…, lo siento?…, e se fosses mas é p’ó c...!”
A raiva tomou conta de mim e em menos que nada instalou-se-me uma dor de cabeça.
Voltei frustrada e comprei a merda do bilhete (mas só comprei uma zona). Cheguei à Praça Catalunha (o centro do universo) e almocei mesmo ali na estação. Saquei do farnel e com pena de mim própria engoli umas sandochas.
A coisa melhorou quando cheguei à escola. Lá me inteirei do funcionamento da sala dos computadores e da biblioteca. Ah! A biblioteca! Lembra-me um livrinho do Umberto Eco, chamado precisamente A Biblioteca. Uma torre de estantes e escadas laterais que nos levam a pequenos passadiços. Que nos permitem ver os livros à medida que subimos a torre. Numa das faces há pequenas janelas em cada “piso”. No último, quase inalcançável, onde estão os livros sobre ilustração e onde quase ninguém vai, sinto-me uma Rapunzel com vista para Barcelona.
Perco a hora e chego uns minutinhos atrasados à aula de escrita criativa. O professor pede que se descreva, primeiro o percurso até chegar ali. O ponto de partido fica ao critério de cada um. Eu começo com o dia a começar. Depois pede-nos que escrevamos o mesmo percurso mas só relatando as emoções. Diz-nos para escolher a emoção mais significativa e que a descrevamos na primeira pessoa. Escolhi obviamente a raiva.
E saiu-me este texto:
Sou vermelha e chego de repente.
Incendeio as pessoas por dentro e debaixo para cima. Reteso-lhes a garganta e faço-as ter consciência dos dentes. Obrigo-as a cerrá-los num desejo de morder até rasgar, até esmagar. Inflamo os olhos e transformo as mãos mais delicadas em garras poderosas.
Alojo-me na cabeça e transformo-me num vazio de fogo.
Aqueles que tomo, faço-os desligarem de si mesmos. Afasto-os da razão ou faço-os tomar consciência de que são impotentes, ou convenço-os que no imediato são impotentes.
O que é curioso, acho eu, é que a sensação negativa que a universidade me provocou serviu depois para fazer um trabalho para ela.
Publicada por Irene Sá à(s) 8:24 da tarde 1 comentários
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Para quem ainda tenha dúvidas em assinar o abaixo-assinado da ASEH sobre a não extradição dos cidadãos bascos e para quem ainda tenha dúvidas sobre a ilegitimidade, desumanidade e inconsequência da tortura, recomendo vivamente que vejam este video - resume de um debate realizado na ETB2 (TV basca), no início de 2008 (a propósito da hospitalização de Igor Portu depois de ter sido torturado).
Chamo à atenção para as declarações de Martxelo Otamendi, director do jornal Egunkaria, que foi torturado depois do encerramento do jornal, acusado de fazer parte do aparelho propagandístico da ETA.
Publicada por Irene Sá à(s) 12:00 da manhã 2 comentários
Publicada por Irene Sá à(s) 11:52 da tarde 2 comentários
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