sábado, outubro 23, 2010

2 capas de uma revista






A Associação Cultural Roig, sediada aqui no bairro de Gràcia, pediu-me para fazer a capa dos primeiros dois números da sua revista - D'un roig encès. E eu... fiz

Eh láaa! ela é uma artista!

sexta-feira, outubro 08, 2010

Agenda de la Dona

E como não há duas sem três...
Aqui estão algumas das últimas ilustrações que fiz.
São 6 desenhos que constarão na Agenda de la Dona - 2011, uma publicação que é fruto da iniciativa de um grupo informal de mulheres progressistas catalãs. Todos os anos publicam a agenda, sob um determinado tema, e destinam as receitas obtidas com a sua venda a uma organização de mulheres.
Este ano o tema é a guerra civil. Participei com muito orgulho neste projecto e calhou-me ilustrar o mês de Novembro a partir de um determinado livro - "Luna Lunera" de Rosa Regas


Manos, palomas, espirales y arabescos

Na continuação do post anterior, dou também a conhecer um outro conjunto de esboços, aguarelas, desenhinhos feitos a caneta e a lápis.
A este chamei de "Manos, palomas, espirales y arabescos" porque é disso mesmo que se trata.
Ficaram alguns de fora que oportunamente publicarei aqui o no issuu

Outras Margens

MAIS desenhos feitos nas margens e outras partes dos cadernos durante reuniões importantes (umas mais que outras). 2003-2010
Este albúm foi feito na continuação de um outro, anteriormente publicado - À Margem

domingo, julho 04, 2010

FINALMENTE irenesa.net

Depois de muitas promessas, experiências, tentativas e outros surtos que tais, eis que surge no panorama cibernético algo nunca visto e imaginado...
Tcharam!
a minha página de portfolio: irenesa.net

Visitem-na e digam-me por mail e por aqui o que acharam.
Ah! A galeria contém ligação para os documentos do issuu (a maior parte já publicados aqui)

sábado, julho 03, 2010

Livros escolares

Fichas escolares variadas (para diferentes idades e conteúdos) realizadas no seminário de ilustração de livros escolares.


Marionetas S. A.

Exercício de Ilustração, desta vez não infantil.
Tive um grande prazer em desenvolver algumas das ilustrações.
O resultado final poderia ter sido melhor. Mas creio que, neste trabalho também, estou no bom caminho. ...Modéstia à parte.

Las Dos Princesas

Dedicado à Matilde e à Carlota.
Trata-se do exercício de Albúm Infantil.
Infelizmente não me foi possível dedicar a este trabalho tanto como gostaria.
... Talvez o venha a desenvolver um dia.

sexta-feira, julho 02, 2010

Las aventuras de Lib

Novamente com algum atraso, eis a maquete do exercício de ilustração de Livro de Colecção.
Foram-nos pedidas 3ou 4 ilustrações finalizadas e o resto em esboço.


quinta-feira, julho 01, 2010

Relatos de Barcelona (com grandes atrasos na publicação)

72) Hj acordei às 5H00 a pensar que já que não posso ver o sol pôr-se no mar (como no nosso Portugalito) que o fosse ver nascer no mediterrâneo;

73) Pergunto-me porque aceito dizer árvore no masculino (el árbol) e não me entra q leite seja feminino (la leche);

74) Pergunto-me tb porque é q havendo... ...tantas casas partilhadas em BCN não exista uma espécie de Cons. de Repúblicas como em Coimbra.

75) Finalmente tive a experiência catalã transcendental de que me falavam: fui a uma calçotada (uma espécie de churrasco de alhos porros que é mais valorada quanto mais sujos ficarmos);
76) Ando com a estranha sensação que depois do apogeu vem a decadência;
77) Continuo à procura do homem com meia cabeça que vi no verão passado.

78) Há que divulgar a catalães e espanhóis que marmelada (melmelada/mermelada) não é o doce de qualquer fruto, mas apenas do fruto chamado marmelo (de que eles nunca ouviram falar);

79) Os catalães gostam de coisas verdes e compridas;

80) Vivo com um cão solidário que uiva quando eu tusso;

81...) Nunca pensei vir a dizer que estou cansada de comida colombiana.

82) A rua adjacente à minha cheira a incenso;
83) Continuo com tosse;
84) Pergunto-me porque é que a coisa mais feia de Barcelona (a Sagrada Família) é a mais famosa;
85) A palavra que mais ouvi hoje foi Messi.

86) Nunca na minha vida pensei que me viesse a embebedar (com anis) numa comemoração do Dia de Ibiza;

87) O povo desta terra adora ir à montanha no fim-de-semana, cansam-se muito e ficam todos contentes;

88) Acho que me vou dedicar a importar assadores de chouriços e a vendê-los por aqui.

89) Já posso referir-me ao passado em catalão (embora pareça futuro);

90) Quase não se encontram orégãos no supermercado;

91) Aproxima-se o 25 de Abril e preparo-me para lavar-me em lágrimas (é como passar o natal fora de casa).

92)Acabo de entrar para a história da culinária portuguesa: inventei o 1002º prato de bacalhau - Pastel de bacalhau com natas à Brás;
93) Ou algo me escapa ou está tudo louco por aqui - até parece que o fascista maçon do Garzón ia rectificar as asneiradas resultantes deste estado ter passado ..."harmoniosamente" do fascismo da bota cardada à pseudo-democracia burguesa e não o deixaram.

94)Os catalães não ficam atrás dos portugueses no seu gosto por ver obras - aqui fazem janelas nos tapumes para aue as pessoas possam vê-las e possam exercer a sua engenharia civil amadora;

95) Já sei vários tempos verbais em catalão;

96) Agora passo duas vezes por semana ao pé da pila gigante de Barcelona.

97) O meu pior dia em Barcelona - percebi que estou a mais quando me disseram que se não sabia o hino catalão este não é o meu lugar.

98) Em 4 meses gastei: 4 canetas, 3 lápis, 5 frascos de cola, 10 folhas A4 de papel aguarela e 12 folhas A3 de papel de desenho;

99) Os meus professores estão a transformar-me num bicho (que nem tenho tempo para cortar as unhas);

100) Esta coisa das lojas fecharem às 13h30 e reabrirem às 17h00 dá-me cabo de todos os planos.

101) Comemorar o Dia da Vitória com russos provoca ressacas terríveis;
102) Descobri recentemente que da minha varanda tenho vista para o mar (mediterrâneo, está claro);
103) o facto de aqui dizerem esquerdaS e não esquerda leva-me a crer que os da dita (esquerda) andam um bocado perdidos.

104) aqui fazem-se referendos sobre o futuro das avenidas mas é proibido colar cartazes;

105) Tenho pesadelos com a porteira do prédio de olhos arregalados e a gritar 'DÉU!!!;

106) Se me aparece à frente mais um tipo dos MSF, da UNICEF, da Greenpeace, da Cruz Vermelha ou doutra cena caritár...ia qualquer a chatear-me à porta do metro sou capaz de cometer um crime.

107) Depois de um ano regressei a uma escola secundária - que calmos são os pequenos por aqui!;
108) As comemorações das vitórias do Barça são curtas e muito estrondosas;
109) Aqui as pessoas discutem a qualidade dos kebabs;
110) Estou com o síndrome de imigrante (oiço alguém falar português e sinto imediata simpatia).

111) As montanhas catalãs cansam mais que os montes portugueses;

112) Discutir política enquanto se faz campismo selvagem provoca a sensação
de clandestinidade;

113) Gosto do calor de Barcelona.

114) Em Barcelona há quiosques (como os dos jornais) especializados em vender petardos;
115) Os hospitais aqui, comparados com os de Lisboa, parecem hoteis de 5 estrelas;
116) O pão com tomate (pa amb tomàquet) está para a gastronomia assim com o clip está para o design (as melhores e mais simples invenções humanas)

117) Os pássaros aqui estão loucos - há gaivotas em bandos no meu bairro (Gràcia) e os pomboas passeiam-se alegremente pela praia;

118) Por razões que não chego a entender, venera-se por aqui uma bebida que não sabe a nada - a orxata.

119) No que mais pensei ontem (noite de Santo António) foi na falta que me fazia um caldo verde com chouriço;
120) Ainda os santos populares - começo a assustar-me à medida que se aproxima o São João. Esta gente adora os petardos. Porque não comemoram com fogueiras e marchas?
121) O catalão tem pronomes estranhos que nem os próprios catalães sabem explicar quando e porquê os utilizam.

122) Aqui pelo bairro comemoram a derrota de Espanha com... petardos, claro está!

123) Coisa bizarra- eu a torcer pela Coreia do Norte e a gente daqui a torcer por Portugal;

124) A sociedade divide-se, subtilmente, entre os que ouvem o hino do K'naan e os que ouvem o da Shakira.

125) A tradução literal de "leque de possibilidades" ou coisa do género para castelhano é ridícula: "abanico de posibilidades";
126) A história da urbanização de Barcelona pode ser viciante;
127) Confirmo que existem piriquitos gigantes na cidade.

128) A Bateria antiaérea de Barcelona é o melhor sítio para nos defendermos da... loucura dos barceloneses na noite de S. João;

129) Descobrir que crimes e desgraças em castelhano se dizem sucessos é algo revelador;

130) Em Barcelona vim fazer amigos para toda a vida;

131) FINS ARA

domingo, maio 16, 2010

Incómodos

Se uma crise incomoda muita gente,
Uma crise só para alguns incomoda muito mais.

Se uma crise só para alguns incomoda muita gente,
Que paguem sempre os mesmos incomoda muito mais.

Se serem sempre os mesmos a pagar incomoda muita gente,
Que os capitalistas ganhem com isso incomoda muito mais.

Mas se muita gente disser basta,
Acaba-se já esta brincadeira.

quarta-feira, abril 21, 2010

Variações sobre um tema

Desta vez tinha que ilustrar a capa de uma revista sob o tema da Primavera.
Apresentei uma primeira proposta que o professor disse que não era uma boa ideia para uma capa de revista porque "contava" demasiadas histórias ao mesmo tempo e que todas pareciam ter a mesma importância.
Resolvi então apresentar cada uma das ditas histórias em separado e assim mostrar 3 propostas de capa para além da inicial:


O original


a segunda proposta


a terceira...


e a quarta!

terça-feira, abril 13, 2010

Volar

Eis a última grande obra:

álbum criado no âmbito do seminário de Ilustração para publicações infantis - crianças que ainda não sabem ler. Fi-lo baseado numa canção basca. O álbum contém também um pássaro de papel em origami no qual desenvolvi o desenho do personagem alado da história.


domingo, março 21, 2010

Cuba em África

Um dos melhores documentários que já vi. Vale a pena, não só pela forma como está construído como por abordar um tema esquecido

cubainformacion.tv

terça-feira, março 16, 2010

A vida do caracol

E aqui vai mais uma!
Esta é a resposta a um exercício de ilustração de uma sequência temporal numa página dupla.
Tentei apresentar não uma mas três sequências - a vida, o dia e o ano.
Fiz um bocado de batota, confesso: os flocos de gelo não foram inteiramente desenhados por mim, assim como as flores e as árvores. Mas a distribuição de todos os elementos, incluindo as folhas das árvores, isso sim, são da minha lavra.
Ah! E não me venham com a conversa de que o caracol pequeno não é filho do grande por ser amarelo, de que os caracóis são hermafroditas, que não são cor-de-rosa e tal e coisa...

(clicar na imagem para ver em grande)

segunda-feira, março 15, 2010

Un mundo de amigos

E isto agora é sempre a bombar! aqui vai mais uma.

Exercício realizado para o seminário de ilustração para crianças que ainda não sabem ler. O objectivo consistia em explorar o estudo de personagens realizando um livro tipo cadavre-exquis, em que dois conjuntos distintos de páginas são encadernados juntos e permitem conjugações de páginas diferentes entre eles.

quinta-feira, março 11, 2010

El árbol de los pájaros

Conto realizado para o seminário de ilustração para não leitores (crianças até aos 3, 4 e 5 anos). O trabalho consistia na criação de personagens a partir das formas geométricas elementares.

Actualização dos Relatos de Barcelona

55) Em Barcelona vendem-se mais cuecas do Barça que em Lisboa cuecas do Benfica, do Sporting e Belenenses juntos;
56) Em catalão cuecas diz-se calças (calces). Assim, um catalão sem calças é mais indecente que um português no mesmo estado;
57) Aqui os vendedores de guarda-chuvas não gritam "olh'ó automático p'á chuva!";
58) O que mais me emociona aqui é ouvir os músicos no metro tocarem Victor Jara e Carlos Puebla; 59) Passados 2 meses finalmente percebi alguns sons que escutava no metro: hanlház = enllaç = enlace;
60) Fui a outra manifestação, muito participada, quase silenciosa (há que exportar palavras de ordem) e rapidamente dispersada (aqui não há um Carvalho da Silva que fale durante 3 horas);
61) Festejar em catalão significa cortejar, portanto se disserem a um catalão que festejaram com muita gente, ele pensará: "ganda maluco!";
62) Ainda no mesmo tema: os catalães são tão produtivos que não dão beijos, fazem-nos;
63) Apesar da baixíssima probabilidade de acontecer, nas últimas 4 segundas feiras, à mesma hora e quase no mesmo local, pedem-me indicações;
64) Os catalães têm uma certa tendência para a piromania - um grande número de festejos tradicionais implica brincadeiras com o fogo;
65) Ao fim de 2 meses em Barcelona, e de muitos atrasos, finalmente acertei a hora do computador;
66) Quando os condutores dos autocarros nos reconhecem e cumprimentam é sinal de que já estamos integrados?
67) Conheci uma versão espanhola da Luísa Branquinho;
68) Sobrevivi ao apocalipse de Barcelona - dia 8 isto parecia um filme norte-americano sobre o fim do mundo;
69) Caminhar 5 km como um pinguim sobre gelo e neve provoca dores no cú;
70) Roubaram-me descaradamente um guarda-chuva;
71) Ainda os roubos - a música que acompanha os avisos sonoros no metro para termos cuidado com os carteiristas é fantástica.

domingo, março 07, 2010

Falta de Certezas ≠ Dúvidas

Há alguns dias atrás dei-me conta que, com o passar dos anos vou tendo cada vez menos certezas mas que isso não significa que tenha cada vez mais dúvidas. E também não significa que tenha deixado de reflectir sobre as coisas. É apenas um depurar do pensamento: as certezas que tenho tornam-se cada vez mais estruturais e as ideias passam por uma espécie de teste prévio antes de serem assimiladas. Isto parece muito esquemático mas é a melhor forma que encontrei para explicar o que julgo ser, sem modéstia nem vaidade, o amadurecer.

Nisto, dei-me também conta que essa forma de assimilar as coisas passou para o meu discurso - hoje falo com muito mais pontos de interrogação, escuto mais e respondo directamente às questões, digo mais vezes que as opiniões que tenho são apenas opiniões.

Até que hoje vi este video e, para além de ficar fascinada com a relação tipografia/texto - Signo/significante, detive-me na mensagem para me aperceber que talvez a minha falta de certezas seja interpretada como, diz o poema do video, um convite a que os outros pensem como eu, tenham as mesmas supostas incertezas.

... E o que dizer do ponto de interrogação nesta frase e da palavra talvez na anterior?

Typography from Ronnie Bruce on Vimeo.

sábado, fevereiro 20, 2010

E mais relatos de Barcelona

39) Mudei-me da Brandoa para uma espécie de mistura do Bairro Alto com Algés;

40) Parece que as pessoas aqui começam a dar-se conta do meu feitio soviético;

41) Ah! E dizem que canto bem! (os catalães têm muito bom ouvido);

42) Socorro! Já dou comigo a pensar em castelhano;

43) O purgatório existe e fica numa estação de metro de Barcelona (Passeig de Gràcia);

44) Ontem fiquei a saber que por viver com um cão constituo uma matilha;

45) Comecei a ser elevada à categoria de pica-miolos optimista-leninista,

46) Lavatório e Lava-loiças diz-se Pica em catalão! ...E depois riem-se muito com o apelido do camarada Luís Carapinha;

47) Se perguntarem com pronúncia alentejana "Quantas cadeiras há?" e responderem em pronúncia açoriana "Há cinco cadeiras" estarão a falar um perfeito catalão;

48) Conheci uma pessoa que foi refugiada política no seu próprio país;

49) O cão da casa não gosta de gente do PCF;

50) O frio,os copos e a ausência de uma secretária não me deixam trabalhar;

51) Apesar das adversidades enunciadas no item 50, esbocei 28 ilustrações para um conto muito hippie sobre libelinhas;

52) O carnaval aqui não parece brasileiro;

53) Há um mês e uma semana que não vejo televisão;

54) Pela primeira vez na vida consegui ver mais de 5 minutos de um filme dobrado em castelhano.

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Debate em Lisboa

Várias entidades e organizações, entre as quais o Relator da Comissão da ONU contra a Tortura e a Amnistia Internacional, têm denunciado, ao longo dos anos, as sucessivas denúncias de tortura por parte de presos políticos bascos. Simulação de afogamento, asfixia através de saco, choques eléctricos nos genitais, tortura do sono e espancamentos são alguns dos métodos utilizados. Entre os milhares de casos destacamos alguns. Em 2001, Unai Romano saía com a cara irreconhecível de um interrogatório policial. Em 2004, foi publicado o relato chocante de Amaia Urizar, que num interrogatório viu o seu corpo ser violado com uma pistola. Em 2008, após ser detido, Igor Portu dava entrada no Hospital de Donostia com uma perfuração num pulmão.

Um Estado que tortura, proíbe partidos políticos e manifestações, fecha jornais e rádios e ilegaliza organizações juvenis e populares e que mantém os seus detidos durante mais de uma semana sem qualquer acesso a advogados, familiares ou cuidados médicos não pode ser considerado um Estado de Direito.

in paisbasco.blogspot.com

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Vento de Liberdade

Um amigo envio-me uma música. Não o mesmo do Lugar Adequado, e sim, é verdade que os meus amigos são gente dedicada à partilha de gostos musicais... e eu também.
Como estamos em plena Semana Internacional de Solidariedade com Euskal Herria partilho aqui essa canção.



ha llegado una carta a la carcel
una poesia que da alegria y calor
pregonando noticias del exterior
pregonando que una vida comenzó

el preso va loco buscando la carta
la carta le dice que ya es papa
y lloran los ojos, le llora el corazon
aprieta la carta con todo su amor

haizea haizea se llamará
askatasunaren haizea (vento de liberdade)
haizea haizea se llamará

quando el hijo sea mayor
el padre preso le contara
como un dia expoliaron su tierra
los "carceleros de la paz"

como un dia hasta le proibieron
los sueños, la idea y el amor
como un dia encierraron su vida
por amar la libertad

haizea haizea se llamará
askatasunaren haizea (vento de liberdade)
haizea haizea se llamará

domingo, fevereiro 07, 2010

EL PAÍS DE LOS SENTIMIENTOS

conto realizado para o seminário de escrita. Feito em 5 minutos - é favor desculpar as incongruências

“Nada humano me es ajeno” K. Marx

El orgullo queria ser lider en el país de los Sentimientos. Decia que era lo que estaba mejor preparado para dominar. Era altivo y podia garantizar suceso para todos. Envitó la vanidad para ser vicepresidenta.

Casi todos los sentimientos tenian sus opiniones. El entusiasmo apoyaba sin reservas. A algunos les daba igual; como a la indiferencia, por exemplo. En general no habia nada que decir sobre el, parecia un sentimiento positivo. La desconfianza y la vigilancia eran los que tenian más dudas, pero también no sabían como explicar porque no deberia el orgullo ser jefe.

Los resultados electorales no trajeron sorprisas: el orgullo venció, ultrapasando la alegria (que solo aparecia algunas veces y fué boicoteada por la desolación) y ganando al amor (que casi no hizo campaña electoral porque era un sentimiento desinteresado del poder).

La vigilancia, la inquietud y otros sentimientos seguieron diciendo que la lideranza del orgullo representaba un peligro.

Y estaban ciertos. Pasado algún tiempo el orgullo invitó la arrogancia para jefe das fuerzas armadas y instauraran una dictadura.

Fué organizada la resistencia bajo el comando de la coraje y de la vigilancia.

Después de muchas batallas en que guerrilleros como la modestia, la verguenza y la humillación se destacaron, el movimiento de liberación de los sentimientos triunfó.

Fueron realizadas muchas asambleas que tuvieron como fruto una constituición que instituía una amplia democracia y la participación de todos los sentimientos en la gobernación del país de los Sentimientos.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

À MARGEM



Para quem ainda não viu.

sexta-feira, janeiro 29, 2010

Mais relatos de Barcelona (resumidos e publicados no facebook)

25) Estive à chuva a ver as esculturas do Rodin - O pensador parecia que chorava;
26) Ainda não tenho almofada;
27) Estou a aprender catalão com 3 hondurenhos, 3 argentinos, 2 peruanos, 1 sueca, 1 marroquina, 1 andaluz, 2 galegas, 2 madrilenos e 1 catalã regressada à pátria;
28) Depois de muito... explicar numa papelaria que queria comprar cola descobri que em castelhano cola diz-se... cola!
29) Já tenho almofada! (descobri-a no fundo de um armazém chinês. Custou-me 2 euros);
30) Descobri que há milhares de crianças a andar nos autocarros;
31) Conheci o bar da Elsa e os melhores mojitos de Barcelona (estou perdida!);
32) Há obras de arte aqui que parecem obras e obras que parecem obras de arte;
33) Também há muitas crianças no metro;
34) Passei o fim-de-semana no congresso do PCC - nunca fui tão apaparicada na minha vida;
35) Continuo a achar que a palavra mais gira do catalão é lletrejar (soa como lhatrejar e significa soletrar);
36) Conheci uma paraguaia comunista;
37) Ontem tive um momento de epifania;
38) Hoje caiu-me um anjo italiano no colo - uma espécie de Brad Pitt convidou-me para tomar café. Ainda estou encadeada pelas luzes;
39) O meu professor de catalão diz que só num mundo perfeito se conseguem distinguir foneticamente os bês dos vês - ViVa o português! Bisca Catalunya!

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Ainda Moretti



Ainda numa onda de Nanni Moretti

quarta-feira, janeiro 27, 2010

Já estamos a construí-la!


Faltam 218 dias.

terça-feira, janeiro 26, 2010

Quero filmes do Moretti



Confesso! Não me apetece escrever um conto sobre um gigante e um anão que são muito amigos e depois se perdem um do outro.
Queria antes ver o filme do Nanni Moretti (viver em Barcelona lembra-me constantemente os filmes dele - hei-de escrever sobre isto!), aquele musical sobre o pasteleriro trotskista na Itália dos anos cinquenta.

sexta-feira, janeiro 22, 2010

UM LUGAR ADEQUADO

Ando fascinada com esta música. Mostrou-me um amigo que, por sua vez, a descobriu num blog de um espanhol a viver na Roménia.
Começa com uma canção dos pioneiros romenos sobre o "Ano 2000" e depois desenvolve sobre como, volvidos mais de 20 anos de capitalismo, as pessoas sentem-se enganadas e desmobilizadas.


Deixo a letra em castelhano.
UN LUGAR ADECUADO

Intro:

Somos niños pero no lo seremos siempre
Plenos de sorpresas, plenos de amor
Miramos hacia el futuro
Sabemos que nos vais a mostrar el camino
incontables flores y palacios
para que tengamos mañana oro y pan
Vosotros sois nuestros heroes
pero un dia lo seremos nosotros.

Estrofa 1:

Tambien se que ha pasado mucho tiempo
y que pasara mucho mas
presiento que todavia en diez años estare
con los mentirosos y con los que huyen
dejalo asi, el rumano esta hecho para ahogar
su amargura con sangre fria
Cuando encuentra un problema lo deja pasar
con una cerveza fria
Dime por que robas, cuanto tiempo quieres
seguir robando
No ves que somos muchas bocas y todos sabemos
que significa aguantar
Pero cuantas caidas aguantar, cuanto te alegras,
cuanto insultas
Tienes ganas de muchas cosas pero sabes que
nunca tendras suficiente

estribillo:

Pere no pasa nada, soy resignado desde niño
Tu eres consciente de lo que digo
No hemos nacido en el lugar adecuado
No, no, no hemos nacido en el lugar adecuado
No hemos recibido nada, hemos hecho todo
desde cero

Pere no pasa nada, soy resignado desde niño
Tu eres consciente de lo que digo
No hemos nacido en el lugar adecuado
No, no, no hemos nacido en el lugar adecuado
No hemos recibido nada, hemos hecho todo desde cero

Estrofa 2:

Los mios son igual de seguros como los tuyos
Hemos crecido con cardenales
Me han enseñado como no tomar caminos equivocados
Me han explicado que el mundo es malo y la vida dificil
Y tengo que hacer algo
Me han dicho que en algun momento moriran
Y que tengo que estar alerta y tengo que luchar
Que el tiempo se pasa como un disparo
Me llevan de lugar en lugar
Me cambian segun la suerte
Me hacen correr solo para un voto
El mundo siente, quiere hechos y no palabras
Que un hombre normal sea presidente

Pero, pero, pero

Estribillo

quarta-feira, janeiro 20, 2010

Exercícios deprimentes (segunda parte)

Ainda sobre a raiva... Eis o desenho mais assustador que fiz na vida.

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Exercícios deprimentes

Este era o texto que tinha de ilustrar:

Amo a Eustace a pesar de que me lleva cuarenta años, es totalmente mudo y no tiene ningún diente. Me da igual que Eustace esté completamente calvo- excepto los pelos esos que se le ven entre los dedos de los pies-, que cuando ande se le note la joroba y a veces se caiga en medio de la acera. Si cree que tiene que emitir uno de esos cortos sonidos agudos suyos como silbando, o si se le da por mordisquear con su boca sin dientes en el sofá o irse a dormir al jardín, yo lo acepto todo como cosas bastante normales. Porque le amo. A Eustace le amo porque es el único hombre del mundo al que no le importa que yo tenga tres piernas.

“Eustace”. Tanith Lee.

Depois de muito magicar sobre o assunto, cheguei à conclusão que o Eustace e a/o Três Pernas eram um só.

Quis fazer uma ilustração em que se conseguisse ver os dois personagens distintamente mas que ao mesmo tempo nos pudéssemos aperceber que era um só. A coisa não ficou muito conseguida. Saiu-me isto:



domingo, janeiro 17, 2010

Da vinculação à raiva

Foi um daqueles dias em que todas as emoções nos invadem. Maioritariamente as piores. Um dia como os do velho dito: “há dias de manhã em que um tipo à tarde não devia sair à noite”.

Comecei o dia cheia de expectativas – desde que cheguei a Barcelona que quero aprender catalão. Mas as magras economias não me dão para pagar um curso. Vi no site da UAB (Universidade Autónoma de Barcelona) que há cursos gratuitos para os alunos. A minha escola, Eina, apesar de privada, está vinculada à UAB. Tudo e todos indicavam que como aluna teria os mesmos direitos que os restantes alunos da universidade. Lá fui eu, toda lampeira, até à dita cuja universidade.
Bem, não tão lampeira quanto isso… que não paguei o bilhete do comboio e ia borradinha de medo.

Chego à universidade e procuro o acolhimento a estudantes estrangeiros. Sou depois encaminhada ao serviço de línguas. Dizem-me que tenho de passar duas faculdades e tal e coisa. Lá me vi eu a andar num lamaçal e a fazer gincanas. Chego ao sítio e subo as escadas. Dão-me a notícia: “Eina no es UAB. Tines que pagar 527 euros. Los cursos gratuitos son para los estudiantes de la UAB”. “Hijos de puta!” e o resto saiu-me para dentro e em português: “vão mas é roubar p’á estrada!”. Ainda consegui perguntar: “Entonces… que es la vinculación de Eina a UAB?”, “Los estudiantes de Eina no tenien los mismos derechos?”. “Pues, no lo sé. Esto es lo que me han dicho, lo siento”. “Lo siento?…, lo siento?…, e se fosses mas é p’ó c...!”

A raiva tomou conta de mim e em menos que nada instalou-se-me uma dor de cabeça.
Voltei frustrada e comprei a merda do bilhete (mas só comprei uma zona). Cheguei à Praça Catalunha (o centro do universo) e almocei mesmo ali na estação. Saquei do farnel e com pena de mim própria engoli umas sandochas.

A coisa melhorou quando cheguei à escola. Lá me inteirei do funcionamento da sala dos computadores e da biblioteca. Ah! A biblioteca! Lembra-me um livrinho do Umberto Eco, chamado precisamente A Biblioteca. Uma torre de estantes e escadas laterais que nos levam a pequenos passadiços. Que nos permitem ver os livros à medida que subimos a torre. Numa das faces há pequenas janelas em cada “piso”. No último, quase inalcançável, onde estão os livros sobre ilustração e onde quase ninguém vai, sinto-me uma Rapunzel com vista para Barcelona.

Perco a hora e chego uns minutinhos atrasados à aula de escrita criativa. O professor pede que se descreva, primeiro o percurso até chegar ali. O ponto de partido fica ao critério de cada um. Eu começo com o dia a começar. Depois pede-nos que escrevamos o mesmo percurso mas só relatando as emoções. Diz-nos para escolher a emoção mais significativa e que a descrevamos na primeira pessoa. Escolhi obviamente a raiva.

E saiu-me este texto:

Sou vermelha e chego de repente.
Incendeio as pessoas por dentro e debaixo para cima. Reteso-lhes a garganta e faço-as ter consciência dos dentes. Obrigo-as a cerrá-los num desejo de morder até rasgar, até esmagar. Inflamo os olhos e transformo as mãos mais delicadas em garras poderosas.
Alojo-me na cabeça e transformo-me num vazio de fogo.
Aqueles que tomo, faço-os desligarem de si mesmos. Afasto-os da razão ou faço-os tomar consciência de que são impotentes, ou convenço-os que no imediato são impotentes.

O que é curioso, acho eu, é que a sensação negativa que a universidade me provocou serviu depois para fazer um trabalho para ela.

Biblioteca da Eina

Sobre a Tortura



Para quem ainda tenha dúvidas em assinar o abaixo-assinado da ASEH sobre a não extradição dos cidadãos bascos e para quem ainda tenha dúvidas sobre a ilegitimidade, desumanidade e inconsequência da tortura, recomendo vivamente que vejam este video - resume de um debate realizado na ETB2 (TV basca), no início de 2008 (a propósito da hospitalização de Igor Portu depois de ter sido torturado).
Chamo à atenção para as declarações de Martxelo Otamendi, director do jornal Egunkaria, que foi torturado depois do encerramento do jornal, acusado de fazer parte do aparelho propagandístico da ETA.

sexta-feira, janeiro 15, 2010

Relatos de Barcelona (resumidos e publicados no facebook)

1) Barcelona virou uma cidade fantasma. Tem 25 mil habitantes, só há polícias, taxistas e estrangeiros na rua.

2) Estou a viver com um ranhoso piroso. É reaccionário.

3) Encontrámos uma caixa que diz "Roba Amiga". Assustámo-nos.

4) Há escadas rolantes em várias ruas deste bairro. Há falta de passadeiras rolantes no aeroporto.

5) Os habitantes de Barcelona multiplicaram-se hoje;

6) Foi preciso aqui chegar para a temperatura descer;

7) Andamos a fazer coisas estranhas - comprámos vinho clandestinamente, roubámos papel higiénico e fomos ao lixo;

8) Ah! Fomos ao PCC - curiosamente, ao que chamamos Mundo do Trabalho eles dizem Actividade Humana;

9) Os habitantes de Barcelona concentram-se em certas zonas para pareceram mais;

10) Gritei com uma pseudo-pedinte que me queria roubar;

11) Gritei com um exibicionista que resolveu masturbar-se à nossa frente;

12) "Conheci" um chefe dos mossos d'esquadra (bófia);

13) Passámos pela Praça Karl Marx e pelos Jardins Rosa Luxemburgo na viagem de autocarro mais surrealista que fiz na vida.

14) Há uma certa dificuldade em afixarem preços nos supermercados;

15) Recebi uma chamada da RTP a querer saber o que se passava com os bascos à saída de um museu;

16) A ASAE, custa-nos admitir, faz uma certa falta...;

17) Para o André não dizer que só falo mal - Barcelona é fantástica!

18) É muito difícil comprar uma almofada em Barcelona;

19) Descobri que vivo na Brandoa de Barcelona (quando tiver pilhas na máquina coloco aqui fotos);

20) Descobri que os barceloneses adoram deixar cadeiras na rua (qualquer dia tenho o quarto cheio de cadeiras apanhadas no lixo - trouxe uma delas desde a P. Catalunya até à Brandoa cá do sítio).

21) Hoje vi uma mulher a mijar descaradamente na Praça Catalunha;

22) Descobri que aqui há burocracias ainda mais estranhas que em Portugal (para comprar um livro tive de ir a um banco fazer um depósito e voltar ao sítio com o comprovativo para o levantar);

23) Para não dizerem que só falo mal -... Há montanhas de cursos gratuitos de catalão para estrangeiros;

24) Lá estive numa manifestação de solidariedade com a Palestina (aqui fazem-se mais tarde, durante menos tempo, com mais gente desatenta, menos palavras de ordem e mais pessoas - poucas mais).

terça-feira, janeiro 12, 2010

They can´t stop the sunshine



De volta!