sexta-feira, janeiro 15, 2010

Relatos de Barcelona (resumidos e publicados no facebook)

1) Barcelona virou uma cidade fantasma. Tem 25 mil habitantes, só há polícias, taxistas e estrangeiros na rua.

2) Estou a viver com um ranhoso piroso. É reaccionário.

3) Encontrámos uma caixa que diz "Roba Amiga". Assustámo-nos.

4) Há escadas rolantes em várias ruas deste bairro. Há falta de passadeiras rolantes no aeroporto.

5) Os habitantes de Barcelona multiplicaram-se hoje;

6) Foi preciso aqui chegar para a temperatura descer;

7) Andamos a fazer coisas estranhas - comprámos vinho clandestinamente, roubámos papel higiénico e fomos ao lixo;

8) Ah! Fomos ao PCC - curiosamente, ao que chamamos Mundo do Trabalho eles dizem Actividade Humana;

9) Os habitantes de Barcelona concentram-se em certas zonas para pareceram mais;

10) Gritei com uma pseudo-pedinte que me queria roubar;

11) Gritei com um exibicionista que resolveu masturbar-se à nossa frente;

12) "Conheci" um chefe dos mossos d'esquadra (bófia);

13) Passámos pela Praça Karl Marx e pelos Jardins Rosa Luxemburgo na viagem de autocarro mais surrealista que fiz na vida.

14) Há uma certa dificuldade em afixarem preços nos supermercados;

15) Recebi uma chamada da RTP a querer saber o que se passava com os bascos à saída de um museu;

16) A ASAE, custa-nos admitir, faz uma certa falta...;

17) Para o André não dizer que só falo mal - Barcelona é fantástica!

18) É muito difícil comprar uma almofada em Barcelona;

19) Descobri que vivo na Brandoa de Barcelona (quando tiver pilhas na máquina coloco aqui fotos);

20) Descobri que os barceloneses adoram deixar cadeiras na rua (qualquer dia tenho o quarto cheio de cadeiras apanhadas no lixo - trouxe uma delas desde a P. Catalunya até à Brandoa cá do sítio).

21) Hoje vi uma mulher a mijar descaradamente na Praça Catalunha;

22) Descobri que aqui há burocracias ainda mais estranhas que em Portugal (para comprar um livro tive de ir a um banco fazer um depósito e voltar ao sítio com o comprovativo para o levantar);

23) Para não dizerem que só falo mal -... Há montanhas de cursos gratuitos de catalão para estrangeiros;

24) Lá estive numa manifestação de solidariedade com a Palestina (aqui fazem-se mais tarde, durante menos tempo, com mais gente desatenta, menos palavras de ordem e mais pessoas - poucas mais).

2 comentários:

Anónimo disse...

Cara amiga:

A isto chama-se o síndrome do emigrante português: quando estamos cá dizemos mal de tudo, quando estamos lá fora dizemos mal de tudo e Portugal e os portugueses passam a ser os melhores.

Digo-lhe por experiência própria que é mesmo assim.

A maledicência é uma característica nacional dos portugueses. É claustrofóbica, opressiva e destrutiva!

Ana Catarina

Irene Sá disse...

Eheheh! É verdade! mas, para além disso, eu sou naturalmente muito crítica. E mesmo quando falo bem, parece que falo mal.