quarta-feira, março 14, 2007











Quando os ógãos de comunicação não estão onde as coisas (que importam) acontecem publicam-se artigos como este que, apesar do rigor jornalístico não podem garantir os acontecimentos.
Como é possível ler no artigo, o jornal remete para a boca dos dirigentes sindicais a garantia da carga policial, deixando assim lugar para que o leitor considere o relato da PSP.
A agência LUSA que chegou ao local depois dos acontecimentos relevantes ainda presenciou a chegada do sindicalista detido, mas dadas as declarações da PSP o texto da notícia torna-se estranho, por um lado o Público remete para a LUSA o atestar da detenção, e por outro a garantia da PSP a dizer que não.

Vejam-se então as imagens colhidas por quem lá esteve.
Fonte de imagens 1
Fonte de imagens 2


"14.03.2007 - 11h42 PUBLICO.PT
PSP desmente carga policial contra trabalhadores da Pereira da Costa

O comando metropolitano da PSP garante que não houve qualquer carga policial sobre os trabalhadores da empresa Pereira da Costa, na Amadora, o que contraria a versão dos acontecimentos dos dirigentes sindicais presentes no local.

Arménio Carlos, da CGTP, garantiu hoje, em declarações à rádio TSF, que a polícia carregou sobre os trabalhadores no momento que o gerente da empresa pretendia sair da empresa.

"Aquilo que se verificou foi uma carga policial, quando os trabalhadores, ao fim e ao cabo, e com razão, vaiavam o patrão, que sorrateiramente saiu atrás dos camiões", descreveu Arménio Carlos. "A partir daí, deu-se a detenção de um dirigente sindical, sem nenhuma explicação, para além de agressões múltiplas sobre os trabalhadores que aqui estavam", disse o mesmo dirigente sindical.

Segundo a agência Lusa, a detenção de Pedro Miguel ocorreu quando a oficial de justiça presente na empresa se preparava para dar uma entrevista a um canal de televisão, altura em que os trabalhadores reagiram "com exaltação".

O comando da PSP refere que enviou para o local cerca de 30 agentes, que "se limitaram a manter a ordem e a garantir que ninguém passava os dois anéis de segurança montados em torno da fábrica" enquanto decorria a acção de arresto de bens.

A PSP sublinha que não deteve qualquer dirigente sindical, tendo apenas procedido à sua identificação.

Os trabalhadores, que estão há seis meses sem receber salário e impedidos de entrar nas instalações da empresa, estão em vigília para evitar a saída do material, decretada por tribunal em resposta a uma providência cautelar interposta pela administração da empresa."


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