Desabafo político-sindical
Este professores que votaram no PS, chatearam-se com o Governo, fizeram um movimento dos professores arrependidos, foram à manifestação, não obtiveram a vitória ao virar da esquina, desesperaram, quando surge um entendimento táctico revoltam-se contra os sindicatos, baixam os braços, culpam o PCP e quando chega Fevereiro votam PSD, irritam-me.
11 comentários:
O problema de muitos destes ex-votantes PS, novos-votantes PSD, são as suas origens políticas. Muitos deles foram instrumentalizados desde muito pequenos a não votar PCP ou a ver o comunismo com maus olhos. É o caso daquele ministro do PS, Augusto dos Santos Silva. O problema deste tipo de gente é o seu anti-comunismo que varia consoante a sua ignorância política quanto a certos assuntos. Em vez de ligar o comunismo ao progresso da humanidade, esta gente liga o comunismo a uma espécie de opressão e a outros estereótipos muito confusos. O anti-comunismo não é novo neste país. Se o PCP se mostrar organizado nas suas tarefas, é possível que algum PS ou ex-PS fale em "sovietização" ou "gulag". Também é possível ver algum ex-PS ou PS, muito atento a ler "O Arquipélago de Gulag" de Soljenitsin, sem dar conta que este escritor defendeu um ataque da NATO contra Portugal em 1975, como também defendeu os bombardeamentos americanos sob o Vietname. Miguel Botelho (miguelbotelho77@gmail.com)
O que é assustador constatar não é o anti-comunismo desta gente mas a incapacidade de reconhecerem o seu papel no problema e de avaliarem as soluções (ou não soluções) que propõem.
Mais do que o preconceito aflige-me a desorientação e uma certa ingenuidade política. Aflige-me o estado de alienação das ideias.
camarada Irene, fiz uma pequenina viagem ao mundo da cibernética e encontrei uma rapariga vermelha que respira e muda... chamava-se Irene Sa... sorri ao acaso da vida. E voltei a sorrir. é um prazer encontrar imagens que relembram uma carvalhesa, uma Festa que é so uma, uma luta que continua. Não resisti à tentação de te enviar umas pequeninas linhas (faltam alguns acentos porque para estes lados da Europa os teclados gostam de ser diferentes). Deixo-te um abraço amigo e camarada destas terras alpinas que, por vezes, me fazem esquecer o sol (a neve nao o compensa). Que te dizer mais?... Convido-te para uma catrefada de cervejas num qualquer cantinho liboeta, amadorense, seixalense... ao sol! (e espero que em breve!)
Isso deve ser deficiência, eles julgam que a luta sindical, é como o exilio do M.Soares!
Falta-lhes, o sentido de solidariedade, resolvem o problema deles, e a luta acabou, por estas e outras razões, é que este País chegou a este estado miserável para quem trabalha"
Felicito-te pela coragem de teres postado este assunto!
Abraço
José Manangão
Logo ao primeiro ataque desta ministra, o governo ainda fresquinho com poucos meses, fiz greve. Se bem nos lembramos a ministra fez uma requisição civil para TODOS os professores aparecerem nos dias dos exames. Falei muito contigo por telefone nessa altura (não podíamos falar pessoalmente :-)
Desiludi-me com os colegas então, porque tristemente quase ninguém protestou contra este governo.
E percebi na prática o que a teoria dos livros revolucionários já me tentara ensinar: a educação serve menos para libertar o ser humano, e mais para ensinar a ser subserviente ao sistema. Os próprios profs são cãezinhos obedientes. («Obedece e saberás mandar» dizia Salazar.)
Nena, o ensino não é para nós. Bate asas! Vais gostar de sobrevoar outras planícies!
Beijinhos
Ia esquecendo: o teu post é sintético e diz tudo! Desde longa data que gosto de te ouvir falar (e escrever) porque dás expressão às palavras que tenho na mente e no peito :-)
Obrigada Miguelito! eu realmente ando a pensar mudar de profissão. Ser professor em Portugal é uma condição ingrata, e ser professor consciente e contratado ainda é mais - andamos a remar contra a maré, a fazer omeletes sem ovos, somos insultados por todos os lados, desgastamo-nos e é cada vez mais diminuto o prazer de ver os resultados do nosso trabalho (simplesmente porque não temos condições para que ele surja). Mudarei.
Como diz o Gabriel: "muda! que quando a gente muda o mundo muda com a gente. A gente muda o mundo na mudança da mente. E quando a gente manda ninguém manda na gente"
Anaaaaaaaaaaaaaa!
Espero ver-te a descer a avenida!
Eu recordo-me de um debate que houve na TV entre Mário Soares e Freitas do Amaral e que cada um tentava disfarçar o seu anti-comunismo, tentando, para esse efeito, ver qual dos dois era menos anti-comunista. A certa altura, o diálogo correu mais ou menos desta forma: "Nos meus comícios não tenho gente a dizer comunas para a Sibéria!" (Mário Soares) "Por acaso, eu vi 6 ou 7 pessoas no meu comício a dizer isso e eu mandei-os calar imediatamente." (Freitas do Amaral). É caso para dizer que não há nada que detenha o oportunista político. Miguel Botelho
Hoje publiquei um post inspirado no tema do post que a menina aqui publicou!
:-)
Ana Saldanha !!!! Então como estás? Não nos vemos desde o encontro de Serpa. Dá-me o teu mail.
Tenho uma grande novidade revolucionária: Realizou-se hoje em Alverca a II Assembleia da Célula da Ogma. A Assembleia anterior foi em 1977!
Um grande abraço cheio de saudades!!
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