26, 28, 29 e 30
28 de Maio é um péssimo dia.
30 será bom.
Estamos no limbo, a 29.
1926 foi um mau ano. Mas nesse ano já existia a célula nº 26 do PCP - a célula da Amadora.
Em 2007 continua a combater os 28 e a lutar pelos 30.
Caro SIS, amanhã estarei com a célula nº26.
6 comentários:
30 de Maio tinha a obrigação de ser bem melhor... e não foi o medo, a perda de vencimento ou outra coisa qualquer. Quem não quer fazer greve arranja sempre motivos. Foram nuitos trabalhadores em greve mas não foram os suficientes. A vitória, digam o que disserem, infelizmente não ficou do nosso lado. É preciso avaliar porquê...
Não foi o medo? Não foi a perda de vencimento?
... Vê-se bem que não andou nos piquetes de greve! Se tivesse estado ouviria as respostas.
Quanto à outra coisa qualquer não sei o que quer dizer...
Não foram suficientes os trabalhadores em greve, é certo, mas andou a mobilizar? com este tipo de mensagens certamente só desmobilizou.
grândola é pessimista e vê o copo meio vazio em vez de ver o copo meio cheio.
Mas é certo que a vitória foi nossa!
Quando não lutamos é que perdemos.
Volto a dizer que não é preciso avaliar o porquê. O que é preciso é contrariar as causas.
... E isso não se faz com lamentos.
rapariga Vermelha, eu andei nos piquetes de greve sim. Mobilizei? Sim e muito, desde que esta greve foi decretada. Não percebo o seu incómodo, a sua agressividade. Já não estamos no tempo do PREC. Avaliar? Sim, é sempre preciso: na escola, no dia-a-dia, na nossa actividade sindical, nos relacionamentos humanos... Só assim é possível saber onde estamos a falhar, para podermos melhorar. E só assim poderemos contrariar as causas. É uma má prática partirmos do princípio que, como o copo está meio-cheio, então somos detentores de toda a razão. É fundamental perceber por que é que a nossa mensagem não chegou aos trabalhadores. Prefiro assumir que o copo está meio vazio para procurar a solução que me permita ajudar a enchê-lo ou a deixá-lo menos vazio. São atitudes diferentes como vê Rapariga vermelha mas que devem ser Respeitadas. A intolerância é inimiga do bom-senso. E não sou pessimista, sou é realista. É bem diferente.
Pronto! Admitamos: o povo adora ser explorado. Os portugueses são culturalmente masoquistas e não o admitem. É essa a análise que quer que se faça?
Vamos todos ficar a achar que o colega do lado é uma besta mentirosa que que gosta de perder poder de compra, que sonha com a instabilidade de emprego, vibra com o aumento das taxas moderadoras nos hospitais, nutre o sonho de ficar toda a vida a pagar a casa e deseja ardentemente não chegar a reformar-se. Será isso?
Eu, se me permite, continuo a achar que as razões de não haver mais adesões à luta são as que disse no http://www.onortecomomario.blogspot.com
"para além das que já foram enunciadas (os baixos e baixíssimos salários – e com isto também está relacionada a cada vez maior dívida dos portugueses aos bancos -, a extrema precariedade – como pode um trabalhador a recibos verdes ou a contratos de 3 meses fazer greve?), as que têm a ver com o que a redacção disse no post posterior a este “1. consciência de classe, 2. compreensão dos motivos, 3. projecto, valores e ideais políticos e sociais” (esta deve ter sido votada por unanimidade, aclamação e foguetes) e acrescentaria a confiança ou a falta dela na luta e na unidade dos trabalhadores."
Francamente, entre dizer que os trabalhadores arranjam motivos para não fazer greve e a seguir que a nossa mensagem não chegou aos trabalhadores vai uma grande mudança de discurso. O que eu acho é que Grândola precisa de fazer a sua análise, então que a faça. Eu já a fiz, e faço-a constantemente, mas não hesito nem paro para me auto-flagelar. Sei bem qual é o inimigo que combato, sei que a sua força é gigantesca, não atribuo os menores êxitos a uma falha de estratégia, não desespero, não me frustro, sei que o caminho é longo e tortuoso. Sei que o desânimo pode ser fatal.
E se Grândola ainda não percebeu que o medo e a desunião são as maiores armas contra os trabalhadores então terá de fazer realmente um profundíssimo trabalho de análise.
Se é professor/a pense na sua estratégia pedagógica: estimula usando o reforço positivo ou reprime quem não consegue superar dificuldades?
Rapariga Vermelha, continua certa de que a razão está APENAS do seu lado. Enquanto pensar assim não vale a pena continuar a conversar. Até uma próxima. Um abraço.
É evidente que eu acho que a razão está do meu lado. Se não achasse não não estaria do lado em que estou. Passa-se o mesmo com toda a gente, creio. Não vejo como possam as pessoas defender ideias que achem estar erradas... bom, mas tudo é possível.
Não é intolerância. Estou sempre disposta a mudar de ideias se me demonstrarem que estou errada. Não é o caso. Se Grândola (ou qualquer outra pessoa) me tivessem colocado argumentos sólidos e irrefutáveis (para mim) eu aceitaria e os tomaria como meus. No entanto, para além de dizer que sou intolerante (o que não é verdade), Grândola apenas disse que quem não quer fazer greve arranja motivos, que a nossa mensagem não chegou aos trabalhadores, que acha que é uma questão de realismo e bom princípio adoptar o ponto de vista da desvalorização das lutas. Eu apenas me limitei a dizer que acho isso errado, que prefiro uma perspectiva construtiva e procurei demonstrar que com o seu ponto de vista não chega a lado nenhum.
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