»»»Komunas Flamejantes II«««
As Komunas Flamejantes actuaram, no passado dia 31 de Dezembro, no magnífico cenário do Cromeleque dos Almendres nos arredores de Évora. Entre o público deslumbrado ouviram-se exclamações e interrogações como estas: "chiça! até os menires, aqui plantados há milhares de anos, dançam!" ou "não é melhor desligar os faróis do carro antes que a bateria se lixe?", ou ainda "ó Irene, tens a certeza que estas pedras estão gravadas?".
Foi a primeira vez que este enigmático sítio serviu de palco para um concerto musical desta envergadura. Antes, apenas a Irmandade dos Maluquinhos dos Solestícios, Os Merlins do Alentejo e o Grupo-que-jura-que-se-os-extra-terrestres-nos-visitarem-hão-de-pousar-no-cromeleque entoaram cânticos, respectivamente, à Deusa Mãe, aos antepassados selvagens e aos seres-verdes-que-nos-iluminarão, naquele recinto (também não podemos garantir se os paleolíticos e os neolíticos realizaram ou não, por ali, mega-concertos de bandas que talvez se chamassem Romanos Mortos ou Veados Cantantes). Na fotografia o dueto maravilha interpreta o êxito Grândola Brunette Village.
Eis a sapiência do Engenheiro Lopes:
As Komunas Flamejantes acrescentaram mais um factor de distinção no universo da música portuguesa e na música de intervenção mundial:
Ao actuarem entre os cromeleques de Évora, as Komunas Flamejantes aliaram a arte-música à arte-monumento, e aliaram também a música à história e ao património.
As komunas flamejantes, para além do seu percuso musical feito à custa do derrube de preconceitos pseudo-intelectuais, afirmam-se como guardiãs da arte e do património português.
Tal preocupação, dedicação, e sensibilidade estética colocam-nas a um nível onde poucos chegaram.
Poucos como Giacommeti ou Fernando Lopes-Graça.
João L - Manager
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