sexta-feira, janeiro 14, 2005

»»»Komunas Flamejantes II«««

Posted by Hello


As Komunas Flamejantes actuaram, no passado dia 31 de Dezembro, no magnífico cenário do Cromeleque dos Almendres nos arredores de Évora. Entre o público deslumbrado ouviram-se exclamações e interrogações como estas: "chiça! até os menires, aqui plantados há milhares de anos, dançam!" ou "não é melhor desligar os faróis do carro antes que a bateria se lixe?", ou ainda "ó Irene, tens a certeza que estas pedras estão gravadas?".
Foi a primeira vez que este enigmático sítio serviu de palco para um concerto musical desta envergadura. Antes, apenas a Irmandade dos Maluquinhos dos Solestícios, Os Merlins do Alentejo e o Grupo-que-jura-que-se-os-extra-terrestres-nos-visitarem-hão-de-pousar-no-cromeleque entoaram cânticos, respectivamente, à Deusa Mãe, aos antepassados selvagens e aos seres-verdes-que-nos-iluminarão, naquele recinto (também não podemos garantir se os paleolíticos e os neolíticos realizaram ou não, por ali, mega-concertos de bandas que talvez se chamassem Romanos Mortos ou Veados Cantantes). Na fotografia o dueto maravilha interpreta o êxito Grândola Brunette Village.
Eis a sapiência do Engenheiro Lopes:

As Komunas Flamejantes acrescentaram mais um factor de distinção no universo da música portuguesa e na música de intervenção mundial:

Ao actuarem entre os cromeleques de Évora, as Komunas Flamejantes aliaram a arte-música à arte-monumento, e aliaram também a música à história e ao património.

As komunas flamejantes, para além do seu percuso musical feito à custa do derrube de preconceitos pseudo-intelectuais, afirmam-se como guardiãs da arte e do património português.

Tal preocupação, dedicação, e sensibilidade estética colocam-nas a um nível onde poucos chegaram.

Poucos como Giacommeti ou Fernando Lopes-Graça.

João L - Manager

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